Por um futuro menos "BET", a educação como resposta
Estamos vivendo uma era de glamourização do risco. E não estou falando apenas dos cassinos virtuais e das casas de apostas que pipocam em cada esquina (e em cada tela). Falo de um comportamento que se espalhou de forma avassaladora, onde a promessa fácil e o lucro instantâneo parecem a solução mágica para todos os problemas. Apostar virou moda. E nesse ritmo, estamos esquecendo de algo essencial: o valor da construção, do esforço e do conhecimento.
Há uma crise de valores no que diz respeito à educação. A ideia de uma trajetória linear e sequencial de aprendizado e crescimento profissional parece ter sido substituída por uma cultura do "tudo agora", de uma "mágica empreendedora" que promete soluções rápidas e sem esforço, ao mesmo tempo em que mascara a precarização do trabalho, a fragilização de vínculos comunitários e uma incerteza absolutamente angustiante em relação ao porvir.
Os números falam por si: segundo uma pesquisa da McKinsey, 59% dos jovens de 15 a 24 anos estão pessimistas em relação ao futuro econômico. A Geração Z é a mais propensa a relatar problemas de saúde mental, com níveis alarmantes de ansiedade. As instituições de ensino enfrentam o desafio de comunicar às novas gerações que podem ser um refúgio seguro, um caminho claro e confiável para a construção de uma carreira e de uma vida autônoma e estável. Dados recentes mostram que 35% dos jovens que pretendiam ingressar em uma graduação em 2024 desistiram, comprometendo sua renda com jogos e plataformas de apostas on-line, conforme pesquisa realizada por educadores e especialistas. Em famílias de baixa renda, esse índice é ainda maior, com jovens optando por arriscar seu futuro em promessas rápidas, ao invés de investir em sua formação acadêmica.
A Univates, universidade comunitária do Rio Grande do Sul, reconhecida pelo MEC como a melhor Graduação do país entre as instituições não-públicas, está muito atenta a este cenário desafiador. No Vale do Taquari, região que sofreu profundamente com desastres climáticos recentes, a universidade permanece como um farol de esperança e de estabilidade, oferecendo à comunidade um espaço único de crescimento pessoal e profissional. Em um momento em que tudo parece incerto – desde o clima até o mercado de trabalho –, a universidade se posiciona como a voz que clama por um retorno ao que realmente tem valor: a educação.
Por incrível que pareça, o discurso "a educação é uma certeza", adotado pela Univates em campanha criada pela Bistrô, surge hoje como uma contranarrativa. Sim, pode soar antiquado, mas é disso que estamos falando: graduação, pós-graduação, construção de uma carreira degrau por degrau, com suor, percalços e conquistas verdadeiras. Nada substitui o que a educação formal pode proporcionar a uma pessoa. Na verdade, apostar na educação é a única aposta que faz sentido.
O ciclo de captação do Vestibular 2025A da Univates foi lançado em setembro último, em um cenário onde as incertezas climáticas, políticas e econômicas parecem não dar trégua – no Brasil e no mundo. E a comunidade acadêmica abraçou a campanha com devoção, vestindo a camisa da instituição com o orgulho de quem sabe que, se há algo a se agarrar neste momento, sem dúvida é no valor da educação.
A Univates e a campanha liderada pela Bistrô trazem a reflexão de que, em meio a tantas dúvidas e pressões sociais, o caminho mais seguro, e ao mesmo tempo mais poderoso, continua sendo o da educação formal. Ao contrário das promessas vazias, a educação permanece como uma certeza. E é por meio dela que podemos construir não só carreiras, mas também sociedades mais justas, inclusivas e preparadas para enfrentar os desafios do futuro.
A mensagem que reverbera da campanha é um manifesto que reafirma o compromisso que toda instituição de ensino deve ter com a transformação do mundo. Como diz o filme da campanha: "Você aprende o que você vive. A cada desafio, a cada conquista. E em meio a tantas perguntas, a educação é uma certeza. Porque o que você conquista aqui é muito mais que um diploma."
Em tempos de crise, esse é o tipo de certeza (e de publicidade) que a gente precisa.
Gab Besnos,
CEO e VP de Criação da Agência Bistrô
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